quarta-feira, 7 de outubro de 2009


A CERVEJA E SUA HISTÓRIA

A cerveja é uma bebida produzida a partir da
fermentação de cereais, principalmente a cevada
maltada, e acredita-se que tenha sido das primeiras
bebidas alcoólicas a serem desenvolvidas pelo homem.
Em termos históricos, a cerveja era já
conhecida pelos sumérios, egípcios e mesopotâmicos,
desde pelo menos 4 000 a.C.
Como os ingredientes usados para fazer cerveja
diferem de acordo com o local, as características
(tipo, sabor e cor) variam amplamente.
A mais longínqua notícia que se tem da
cerveja vem de 2600 a 2350 a.C.
Desta época, arqueólogos encontraram indícios,
escritos em uma placa de barro com o
Hino a Ninkasi, a deusa da cerveja,
de que os sumérios já produziam a bebida.
Já na Babilônia, dá-se conta da existência de
diferentes tipos de cerveja, originadas de
diversas combinações de plantas e aromas
e o uso em diversas quantidades de mel.
O Código de Hamurabi, rei da Babilônia entre o
s anos
de 1792 e 1750 a.C., incluía várias leis de
comercialização, fabricação e consumo da cerveja,
relacionando direitos e deveres
dos clientes das tabernas.
Posteriormente, no antigo Egito, a cerveja,
segundo o escritor grego Ateneu de Naucratis
(século III d.C.), teria sido inventada para
ajudar a quem não tinha como pagar o vinho.
Inscrições em hieróglifos e obras artísticas
testemunham sobre o gosto deste povo
pelo henket ou zythum, preferida por
todas as camadas sociais.
Até um dos faraós, Ramsés III, (1184-1153 a.C.),
passou a ser conhecido como "faraó-cervejeiro"
após doar aos sacerdotes do Templo de Amon.
466.308 ânforas ou aproximadamente um milhão de
litros de cerveja provenientes de suas cervejeiras.
Praticamente qualquer açúcar ou alimento
que contenha amido pode, naturalmente, .
sofrer fermentação.
Assim, bebidas semelhantes à cerveja foram i
nventadas de forma independente em
diversas sociedades em redor do mundo.
Na Mesopotâmia, a mais antiga evidência
referente à cerveja está numa tabua sumeriana
com cerca de 6.000 anos de idade, na qual
se vêem pessoas tomando uma bebida
através de juncos de uma tigela comunitária.
A cerveja também é mencionada na
Epopéia de Gilgamesh.
Um poema sumeriano de 3.900 anos,
homenageando a deusa dos cervejeiros,
Ninkasi, contém a mais antiga receita que
sobreviveu, descrevendo a produção
de cerveja de cevada utilizando pão.
A cerveja tornou-se vital para todas as
civilizações produtoras de cereais da
antiguidade clássica, especialmente no Egito
e na Mesopotâmia.
O Código Babilônico de Hamurabi dispunha
que os taverneiros que diluíssem ou
sobretaxassem a cerveja deveriam ser supliciados.
A cerveja teve alguma importância na vida
dos primeiros romanos, mas durante a
Republica Romana, o vinho destronou a cerveja
como a bebida alcoólica preferida, passando
esta a ser considerada uma
bebida própria de bárbaros.
Tácito, em seus dias, escreveu
depreciativamente acerca da cerveja
preparada pelos povos germânicos.
No idioma eslavo, a cerveja é chamada piwo
(pronuncia-se "pivo"), do verbo
pić(pronuncia-se "pítch"), "beber".
Por isso, piwo pode ser traduzido como
"bebida", o que demonstra a importância
que lhe é concedida.
O Kalevala, poema épico finlandês, coligido
na forma escrita no seculi XIX, mas baseado
em tradições orais seculares, contém mais
linhas sobre a origem da fabricação de
cerveja do que sobre a origem do homem.
A maior parte das cervejas, até tempos
relativamente recentes, eram do tipo que agora chamamos de ales. As lagers foram descobertas por acidente no século XVI, quando a cerveja era estocada em frias cavernas por longos períodos; desde então elas ultrapassaram largamente as cervejas tipo ale em volume (veja abaixo a distinção).
O uso de lúpulo para dar o gosto amargo e preservar é uma invenção medieval.
O lúpulo é cultivado na França desde o século IX
.

Nenhum comentário:

Postar um comentário